Os ouriços-cacheiros Um pequeno grupo de ouriços-cacheiros alimentava-se na tundra gelada da Sibéria polar. Cada um procurava, por seu lado, alguns líquenes que tivessem escapado à geada. Mas, de repente, a tempestade levanta-se. E o vento glaciar começa a soprar cada vez mais forte. A temperatura cai vertiginosamente. O vento trespassa a pele, apesar de espessa, dos animais entorpecidos. De um só movimento instintivo, o grupo reúne-se então para oferecer menos resistência ao vento. Apertam-se uns contra os outros. Perto, muito perto, fundidos numa só carne para escapar ao sopro glaciar e encontrar algum calor no contacto dos corpos. Mas quanto mais se pressionam uns contra os outros, mais as suas agulhas endurecidas pelo frio penetram penosamente na carne. Feridos, afastam-se então instintivamente. Mas o vento rodopiante de neve envolve-os de novo na sua capa gelada. De repente, aproximam-se mais uma vez, procurando não se ferir. Nem demasiado distantes, para beneficiarem do calo
E se estes tempos que atualmente testemunhamos fossem não apenas tempos de dúvida e insegurança, mas também de sensatez e proatividade? Foi nisso que o grupo de profissionais de educação que se tem juntado numa comunidade que se auto-intitulou "Envolve-te" pensou quando decidiu organizar um espaço (blogue) que, de alguma forma, mediasse o tempo de espera a que todos nos devemos obrigar.